segunda-feira, 14 de agosto de 2017

NO SILÊNCIO

NO SILÊNCIO


No silêncio absoluto
Fico horas a meditar
No que se está a passar?
São tantas as interrogações
Choques e desilusões,
Sem passar um minuto
Que o cérebro possa parar.
Porquê? Tudo se vai?
Já no alto da montanha…
Numa custosa subida,
Vê-se o lado da descida,
A outra face escondida…
E a queda é tamanha,
Quase marca o fim da vida.
Resta trazer, recordações,
Rever o que ambicionámos
E que nunca alcançámos…
Mas, a vida é isso mesmo,
Caminhar nos anos a esmo,
Enquanto a idade avança…
A luz apaga a esperança
E a confiança no amanhã,
Está longe, é ténue e vã…
Este é o curso da rotina,
Dos segundos da verdade,
Dos minutos de nostalgia,
Das horas e dias iguais…
Subi até àquela colina.
E para trás fica saudade,
E a amargura que sofria…
Ao perceber tanta maldade.
Agora, já no fim, uma flor,
Fez e faz-me renascer,
No sabor de tanto amor,
Que num sonho de prazer
Dá, mais claridade e cor,
Ao que me resta viver!

Raiz do Monte

14, Agosto, 2017

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