segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ETERNA DÚVIDA

ETERNA DÚVIDA


Nasce um novo dia
Da noite de insónia.
Há tempo de dormir
No momento de partir…
Funesto pensamento
Do eterno julgamento
Que absolve e alivia.
Sopro sem parcimónia,
Conjuga o verbo ir
No tempo de futuro
Esse gigante muro….
Erguido à nossa frente;
Está mesmo tudo por fazer…
Não vale a pena correr,
Porque só vai aparecer,
O desviar da atenção
A fantasia, a ilusão…
O muro da frustração!
A engrenagem enguiça,
A falta de coragem,
E até aquela mensagem,
“Hoje é dia de Preguiça”,
Como decisão perentória.
Depois, varre-se da memória
E tudo fica para amanhã,
Adiado e esquecido.
Nasce o dia, a manhã
E sempre o mesmo afã
O frenesim do fazer,
Não há tempo a perder
A vida voa, gira, arde…
Recomeçar a viver
Não sei, se sei saber…
Já é demasiado tarde!


Raiz do Monte

21, Agosto, 2017

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