domingo, 30 de abril de 2017

AMOR DESEJO










                 

                   AMOR DESEJO














                                              À noite, ao luar,
Olho uma estrela.
Onde cintila teu olhar…
Lá além...  Vê-la?
Aí, fico sustido,
Nos pensamentos
Talvez rendido
A todos os momentos
De ardente desejo...
No meu sonho,
Sinto esse beijo
Que sabe a infinito!
Logo depois… a medo,
Com frágil fervor,
Em surdina e segredo,
Dou-te o meu amor!
Raiz do Monte

29 Abril 2017

sábado, 29 de abril de 2017

É BOM PODER AMAR!









Só tu sabes meu amor...

O que tanto me tortura,
Pois amar com fervor,
É dar asas à loucura...
Sabes bem que, acreditar,
É cegueira e paixão!
A vida, pode mudar...
Mas o que se sente... Não!
É um crer quase invisível,
Mas tanto me faz sonhar,
É um estado, imprevisível,
É doce e bom, poder amar!



Raiz do Monte   
 (28 Abril 2017)

sexta-feira, 28 de abril de 2017

E… SE ???


Por favor!

Não se riam,

 Ao ver-me lágrimas,

Peço-vos!


Elas, já não são Poesia!

Alguns momentos me separam

De continuar, por aqui...
Este, é o "Poema"
Que fica por escrever,
Versos plenos de amargura
Onde a palavra triste
Já nem tem sentido
E significado.
Estou… conformado
Sem estar!
Até este lugar,
Mudou de côr!
A luz intensa, do Sol,
Perdeu brilho é cinzenta...
E pouco ou nada sorri.
Por isso...
Deixem-me chorar...
Chorar por todos e por ti.
Sem nada que se oponha
Sem timidez ou vergonha,
Deixem-me chorar!
Deixem-me em silêncio...
Neste canto
Onde possa soluçar...
Escutando o meu pranto.
Tento… ser forte,
Tento iludir o pensamento
Só que, a todo momento,
Me surge à frente…
O pesadelo, presente
A palavra "morte"!
E, não posso fugir...
O coração esmagado,
O frenesim da loucura,
O ser magoado…
Tão magoado…
Ânsia, desejo, ternura.
No vazio completo... Nada,
E coisa nenhuma, é vida
Irei partir, sei que parto...
Desiludido e tão cansado.
De ter conhecido tortura.
Por isso este é o meu grito.
A verdade em que acredito,
E tudo mais é poesia.
Palavras, sem sentido.
Viver…sem alegria.
Por aqui,
Mesquinho e sem valor,
Saberás que, um dia,
Te disse, e… se… é por ti…
Em mim próprio perdi,
Amor, próprio, no próprio amor!

Raiz do Monte

(Maio, 1972)

quinta-feira, 27 de abril de 2017

“GENERALIDADES SOBRE QUADRAS POPULARES ”



















Introdução
Ser “ Poeta” ou “ Trovador”,
É ter o saber p’ra cantar,
O que nos está em redor,
Numa “Quadra Popular”.

II – Definição
Quatro versos a rimar,
São suporte e anatomia,
De uma Quadra Popular,
Nas normas da “ Poesia”.

III – Métrica
O “Poeta”, p'rás seguir,
Deve tomar como guia,
Sete sílabas a escandir,
O ritmo e a harmonia

IV – Rima
1 – “Pobre ou Rica”

Na rima, há uma lógica.
Que a “Poesia” implica.
Por análise morfológica,
Ou ser “Pobre” ou ser “Rica”.

2 – “Consoante ou Toante”

Também o som é marcante,
Para o “Poema” rimar,
“Consoante” ou “Toante”,
Eis a escolha ao terminar.

3 – “ Emparelhada, Cruzada ou Interpolada”

Mas há mais na “Poesia”,
Desde a rima “emparelhada”,
Outras servem a melodia:
- Interpolada ou Cruzada.

4 – Rima interior

Nos “Poemas” com rigor,
O local do acento Tónico,
Permite a rima interior,
Ou o jogo a nível fónico.

V – Estilística

De seguida vem a imagem,
Numa figura “estilística”.
Tentando a abordagem,
Do real até à mística.


VI – Conclusão

Nascem então os “ Poemas”,
De um “Poeta” sonhador.
“Poesia” de mil temas,
Canção de um “Trovador”


Raiz do Monte
(1985)



Nota do Autor – As regras gerais das quadras populares têm muito mais que se lhe diga. Ficamos pelas generalidades que vos convido a pesquisar e descobrir. Sobre dúvidas, podem contactar o autor. A iniciação obriga a descobrir. O Poeta irá nascer em si! Para melhor entendimento, em próximas postagens apresentarei exemplos de cada uma das regras.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

IGNORÂNCIA



O poder e a importância,
Neste fervilhar p’ra viver,
É desconhecer a distância,
Da Ignorância ao Saber…


Das quadras a escrever,
A mais bela é sempre aquela
Que de tanto pensar nela,
Sempre fica por fazer!


Raiz do Monte
(1983)




NOTA DE AUTOR - As quadras são poemas simples com sabedoria. E por isso não são Poesia Menor

terça-feira, 25 de abril de 2017

ESTE MEU E NOSSO, ABRIL











           Hoje
É, este meu e nosso, Abril,
Quarenta e três anos passados,
Do 25 da Liberdade!
Caminho em flor,
Gesta de um povo,
Com sacrifícios pesados…
Soube amar a democracia.
Hoje
É, este meu e nosso, Abril,
Dos cravos vermelhos,
De muitos sonhos adiados,
Que de mãos dadas,
Avistámos no horizonte…
Hoje
É, este meu e nosso, Abril,
Da igualdade, de géneros,
Das minorias, e credos
Do respeito p’la diferença
Num povo amordaçado…
Hoje
É, este meu e nosso, Abril,
Na História de um País,
Que deu novos Mundos
Ao Mundo…
Tomando nas mãos
A memória Herdada
Dos seus Avós…
Hoje
É, este meu e nosso, Abril,
A memória relembrada
Que com ordem e com rigor
Fez “dessa Madrugada”…
O cravo vivo do Amor
Para um Povo abrir em flor.
Hoje e sempre,
É, este meu e nosso, Abril!

Raiz do Monte

(Abril 2017)

segunda-feira, 24 de abril de 2017

A PINTURA ESCRITA!




Escrever e falar da Pintura…
Escolher no “Arco-íris” a cor,
Dar, carinho, a doce ternura,
Asas imaginárias, muito amor…
Fazer, formas, quase sem forma,
Mão… firme e muito segura,
Olhar, ver, o que pouca gente vê,
Fugir ao padrão e à norma,
À definição, título e o porquê!
Depois, à tela, papel, ou madeira,
Desenhar símbolos, simplicidade,
Dar a vida e à nossa maneira
Saber ser, expressão da Liberdade…



Raiz do Monte

(Abril 1990)

domingo, 23 de abril de 2017

2º ANDAMENTO UTOPIA



Junto o “ritmo” à “melodia,
Para construir a “cidade”…
Dou-lhe, ilusão, harmonia
Visto-a com “sociedade!
Com um toque de “magia”…
Ganha sentido e “razão”,
“Apaga” o termo tristeza,
E, com impacto e “pureza”,
Faz renascer a “ Alegria”,
Com “música no coração”.
Será musa a “ Verdade”,
Feita, “hino” em cada dia,
A caminho da “eternidade”.
Será o êxtase, a “beleza”,
Um “encanto” p’ra viver …
Parte inteira em cada “ser”,
Na mais, “sublime” certeza
Do ver, “cortar as cadeias”
Que, “emperram as ideias”.
Com toda a “autoridade “!
Está declarada a “Liberdade”,
Na Terra, a “ILHA da UTOPIA”!

Raiz do Monte

(1984)

sábado, 22 de abril de 2017

AGRADECIMENTO

Verifiquei com muito gosto em pouco mais de 1 mês,ter ultrapassado as mil visualizações.
Quero agradecer a todos e dizer - vou continuar.
O meu sincero Obrigado


Raiz do Monte

A ALDEIA





Estende-se a rua estreita e empedrada
Perfiladas e quase frente-a-frente,
As casas, estranho contraste evidente:
- As francesas e as de pedra caiada.

Domina o casario, a Cruz Sagrada,
É a igreja, a obra mais imponente.
Perto, o fontanário – água corrente,
O forno e uma Escola degradada…

Espalhados a esmo, morros de feno,
Guardas da “quixotesca Dulcineia”,
Dormindo de dia, seu sono ameno

Até que o “povo” volte para a ceia
E faça, do silêncio, tão sereno,
O bulício da vida na Aldeia


Raiz do Monte

(Julho 1984)

sexta-feira, 21 de abril de 2017

MORDER DE INVEJA !!!



Inveja?
Sé é o que queres,
Assim seja…
Nos homens e nas mulheres,
Há quem se morda por vício.
Mas, morder por inveja,
Não será um desperdício?
Talvez que tal dentadura,
A tanto, esteja treinada,
E se morra sem ter cura,
Por levar tanta dentada…
Podem assim confirmar.
O que há, p’ra oferecer
E na prática, ensinar
A melhor forma de morder.
Mas…Há sempre um senão,
E, nunca se deve esquecer
Que, morder só por morder,
É tão baixo na sua acção
Que me leva a dizer:
- Se tão irónica herança,
  For a última vontade,
Mordam-se com esperança,
Que o tempo é d’austeridade!

Raiz do Monte
(Novembro 1999)

quinta-feira, 20 de abril de 2017

SÓ A MIM




Como é breve o triste adeus
Por tão curta despedida,
Vai o “Sol”, para outros céus,
Levando um dia de vida…
E o meu coração chorando,
Num sofrimento crescente,
Vai batendo, vai falando
E… sem saber até quando…
Só a mim diz o que sente!

Raiz do Monte

(1970)

quarta-feira, 19 de abril de 2017

DIZER AMOR…




Nas horas de amarga nostalgia,
Quando tudo nos fala de saudade.
Supera a tristeza, à alegria,
Torna-se o orgulho em humildade.

Mistura-se dia e noite, noite ou dia,
Caminhando errante “pela cidade”,
Enquanto sobressai na agonia,
O peso desiludido da realidade.

Nas horas de imensa nostalgia,
É bem mais difícil calar a dor.
P'ra consolo do que nos feria…

Até que do “Sol” venha o calor,
Num raio de luz que, ilumina
E bem dentro, faça dizer Amor!

Raiz do Monte

(1985)

terça-feira, 18 de abril de 2017

MEU POEMA VIDA – MINHA MÃE










Teus cabelos brancos,
Cor de neve pura
Dão-te mais encantos.
Dão-te mais ternura.
Meu amor
Um sorriso doce
Que de ti me resta
Na vida me trouxe
A Primeira festa.
Meu Amor


Meu Poema Vida,
Amor tão ardente
Terra prometida,
És mulher semente
Minha Mãe
Meu Poema Vida,
Gota Cristalina
És a mais querida
És mulher divina
Minha mãe.


Lembro os teus carinhos
Lágrimas cansaço
E rosas sem espinhos
Sobre o teu regaço
Meu Amor
Tudo me enternece
Pelo sabor que tem
Como fosse a prece
De ti minha Mãe,
 Meu Amor

Meu Poema Vida,
Amor tão ardente
Terra prometida,
És mulher semente
Minha Mãe
Meu Poema Vida,
Gota Cristalina
És a mais querida
És mulher divina
Minha mãe. Minha mãe.



Raiz do Monte

(1987)

segunda-feira, 17 de abril de 2017

VOAR É FÁCIL


Libertei ao vento meus pensamentos
Tentando olhar algo bem diferente.
Talvez… uma criança sorridente,
Ou alguma flor e novos rebentos;

Libertei o pensamento aos ventos
Dizendo ao Mundo, ser a Paz urgente.
Vi porém, quão louca está esta gente,
Que pode reduzir-se a pó em momentos.

Libertei ao vento meus pensamentos
Dei-lhe asas brancas que os façam voar.
Mas ninguém irá ouvir os seus lamentos.

Já nada pula e pode avançar…
Se um ser usa os seus pensamentos…
Voar é fácil... mas, só no pensar…

Raiz do Monte
(Janeiro de 1985)


domingo, 16 de abril de 2017

CANÇÃO DE AMOR





Há em ti a poesia
O encanto de um sorriso
A ternura de Criança
Uma gota de Alegria
Um eterno paraíso
Um futuro d’ esperança.

És a flor na Primavera
Esse toque de magia
Que inspira meus desejos;
Sonho Lágrimas quimera,
O passar do dia-a-dia
Na doçura dos teus beijos.

Viver a vida, fazer dela uma canção
Canção de amor, de viva voz.
Viver a vida, fazer dela uma canção,
 Canção de amor que há em nós

Viver a vida, fazer dela uma canção
Canção de amor em cada dia.
Viver a vida, fazer dela uma canção
Canção de amor e de alegria

És o fruto da paixão
No Verão da minha vida
Belo e puro no sabor.
És poema de canção
Harmonia conseguida
Elegia do amor.

És o sonho és a vida
O inicio de um caminho
Novo dia a nascer
És a lágrima perdida
Que afago com carinho
Meu sentido de viver.

Viver a vida, fazer dela uma canção
Canção de amor, de viva voz.
Viver a vida, fazer dela uma canção,
 Canção de amor que há em nós

Viver a vida, fazer dela uma canção
Canção de amor em cada dia.
Viver a vida, fazer dela uma canção
Canção de amor e de alegria


Raiz do Monte 
(1989)