sexta-feira, 30 de junho de 2017

DEDICATÓRIA

DEDICATÓRIA


Hoje
É para ti
O meu Poema!
Pelo carinho,
Pelo amor,
Pelos mimos!
As palavras
Alinhadas
Sentidas,
Pesadas
Hoje,
 São o nosso Poema!
Pouco importa,
A rima
Os versos,
Levam encanto
Os sonhos,
São bordados a flores
O ritmo,
O compasso,
Estão sempre
No que digo,
No que faço.
Na carícia,
No beijo,
No abraço.
E no olhar!
Hoje,
O meu Poema,
É para ti
Para nós
Em Amor!

Raiz do Monte

30, Junho, 2017

quinta-feira, 29 de junho de 2017

O SILÊNCIO SERÁ PAZ…

O SILÊNCIO SERÁ PAZ…



Pedaços de uma vida
Nesse olhar interior
Quando olho para mim…
Sonhos, fantasias, ilusões
E uma estrada percorrida
A pulso mas com amor,
Até ao dia em que por fim,
O silêncio será Paz…
Este é o nosso caminho
A provação do ser
A limitação humana,
Os instantes de carinho
Que em nós pode haver
Nesta luta tão insana
De cada dia pra viver…
O silêncio será Paz…
Nasce-se inocente
E depois em duros escolhos
Vai-se perdendo a virtude…
Um sopro, dez reis de gente,
Ainda mal se abrem os olhos
E passou a juventude.
Voou ao vento,
Saudades, agrura…
O sonho, não ilude,
É real, a idade madura
Penosa e dura,
A cada momento!
O silêncio será Paz…
Corre, gira, rodopia,
Já esquecida a mocidade
Na azáfama de cada dia,
Entre lágrimas e alegria.
Vai-se toda a energia…
E a força que movia,
Chama-se agora saudade!
O silêncio será Paz…
A vida o horizonte…
E tudo o resto o infinito
No cristal do Poema…
Afinal valeu a pena!
Pelo amor que me dás
Como se fosses a fonte
Que no gesto mais bonito
Vem sublime e me traz,
A alegria de vida…
No silêncio que é a Paz…

Raiz do Monte

29, Junho, 2017

quarta-feira, 28 de junho de 2017

PARA TODOS

PARA TODOS


Ser solidário
É ser grande, é ser maior,
E dar de nós o necessário,
Para alguém sentir que há amor!
É dar largas às asas e voar
Sobre os jardins da fantasia!
É dar as mãos e apoiar
Trazendo de volta a alegria!
Ser solidário, é só, dever ser,
No ombro que usámos um dia,
Para dar, a quem precisa, o prazer
E mais força para viver.
Ser solidário, é partilhar
O poema lindo dentro de nós
É olhar para ao lado e dar,
Percebendo que não estamos sós,
É sentir nos nossos corações,
Entre sonhos e paixões,
Que conjugámos o verbo Amar!
Para ti… Para alguém,
Para todos!

Raiz do Monte

28,Junho,2017

terça-feira, 27 de junho de 2017

SENSUALIDADE



SENSUALIDADE

Acolho nos meus sonhos,
A volúpia de teu corpo
Envolto no tule transparente
Que deixa o encanto da nudez.
Arde o desejo, fecho os olhos,
E a imagem que guardo,
Só para mim…
É a do encanto,
Própria das ninfas da Poesia,
Que lá do azul de outros céus
Me olha e enfeitiça
Na magia de um instante.
Sinto-me pequeno…
Quase insignificante…
No lugar do amor.
Na ardente paixão carnal,
De teus lábios, carmim,
Puros beijos…
Os sonhos, os desejos
A sinfonia de véus
O Poema de Deuses,
Num hino a alegria…
A ardente vontade
De te ter e sentir,
Por um momento,
Para a vida
Nessa alma que se abre,
De Deusa e de magia,
Que no jardim da Utopia,
Traz em segredo, a sensualidade.

Raiz do Monte

27, Junho, 2017

segunda-feira, 26 de junho de 2017

CHAMA SUBLIME


CHAMA SUBLIME


Pode ser banal falar de Amor…
E até ridículo estar apaixonado!
Porque, indiferente, passa a vida
No difícil processo de sobreviver…
Talvez o amor seja louco, sem valor,
Quiçá algo de à muito, ultrapassado
Que a canseira do dia-a-dia, vivida.
Afaste deste sentimento em cada ser…
Não, não acredito que os namorados
Pelo mais suave e doce sonho inspirados,
Deixem as carícias, mimos e os desejos
No jardim onde se perdem em beijos!
Não, não creio que a paixão dos Poemas
Perca a chama ardente dessa paixão
Que em cada dia vai renasce em flor…
Em busca da libido por outros temas,
Palavras íntimas dos versos, dos Poemas,
Conforto suave de e em cada coração,
Que, no mais sublime apelo a cada razão,
Diz ser, muito urgente, “dar lugar ao Amor”!

Raiz do Monte

26, Junho, 2017

domingo, 25 de junho de 2017

PRECE

PRECE



Correm os rios da minha terra
Ladeados por verdes prados …
No silêncio virginal da montanha,
Fragas alcantiladas da Serra
Explosão de cor de matizados…
Giestas, urze, odor que se entranha.
Rude e agreste para o olhar,
É a imagem real da natureza
Focos de cor sempre diferente
 Utopia, tela, sempre por pintar,
O encanto num banho da beleza…
Consolo da alma, ali bem presente.
Águas de cristal a correr para o mar
Levam saudades da minha aldeia
Eterna apaixonada em amor esperando,
Nessa saudade que teima em ficar
E prende às raízes, à nossa ideia
Do retorno às origens sem saber quando…
São ecos de sangue dentro de nós
A dor da distância que nos faz penar
Escutando o idoso já perto do fim
Que em sábia lição nos faz pensar
Dizendo firme sem embargo da voz
Na prece aflita que dirige aos Céus
Se “já cá encontramos isto assim”…
Então, “é assim que o vamos deixar”!
E a tudo mais, louvado seja Deus!

Raiz do Monte

25, Junho, 2017

sábado, 24 de junho de 2017

MULHER DO MAR



MULHER DO MAR


Mostra na face as rugas vincadas,
Sulcos de uma vida, vivida a rigor…
Água nos olhos, mil gotas salgadas
Verdade dos dias de sangue e suor…
Olhar preso e fixo pelo horizonte
Que o Sol indiferente soube tisnar,
Olhos, nos seus, atentos em fronte…
Constante vaivém das ondas do mar.
Envolve-lhe a areia a saia bordada,
O silêncio das horas, demora a passar
Sonhos, tragédia, na mente moldada…
Pela “faina” lá longe… O mar no olhar!
Repete para si, suplicas e oração,
Pede pelos seus, que possam voltar…
Espuma nas ondas, dor, aflição
Perdas dos entes, pra recordar!
Te peço com fé… Senhora do mar
Protege o batel de um mal qualquer…
Perdida na praia… Perdido o olhar…
Vai sobre as ondas, o amor de mulher!

Raiz do Monte

24, Junho, 2017

sexta-feira, 23 de junho de 2017

JOANINHAS DE SÃO JOÃO


JOANINHAS DE SÃO JOÃO 


Diz o “povo” que as sardinhas.
Quando chega o São João
Já estão boas e gordinhas…
Por isso pingam no pão.

De alcachofra e alho-porro
Vão para a rua festejar…
O Vinho corre de jorro
São João vem a cantar.

Vê lá bem meu São João,
Se de tudo o que nos resta….
Há vinho sardinhas e pão
Pelos bairros onde há festa!

Raiz do Monte
23,Junho, 2017


Nota do autor – Nos Santos populares, quadras populares com arquinho e balão…

COSTUMES VELHOS…

COSTUMES VELHOS…



Há quem tente e me queira calar
Da forma baixa, mais vil e dura…
Esquecendo que não vou aceitar
Todo e qualquer tipo de CENSURA!

É que ao longo da minha vida
Sempre lembrei sem saudade,
Essa sanha tão desmedida
De um tempo sem Liberdade!

Assim, quem desejar ver-me calado
Por não aceitar outra forma de ver,
Dou-lhe de conselho, ter o cuidado
De dar liberdade a quem, livre quer viver!

Raiz do Monte
23,Junho,2017


Nota do Autor – Três redondilhas simples recordando a Liberdade em altura que qualquer coisa está a colocar a Sociedade à beira de um “Ataque de nervos…”

quinta-feira, 22 de junho de 2017

INSENSATEZ

INSENSATEZ



Quando nos chega por fim a Paz
As pombas brancas no céu, voam
Porque é delas que, nasce e se faz
Frente, a tanto com que nos magoam.
Assim;
Dizia alguém, com muito e bom saber:
É só no ardil e do lado da maldade,
Que se pode nesta vida perceber
A diferença entre egoísmo e hombridade.
Daí que;
A manha das raposas matreiras,
Que, pela calada, vão ao galinheiro,
São práticas baixas e rasteiras,
Que, por raiva, não dão lugar no poleiro.
Pois é;
Anda a sociedade, tão estranha e invertida
Por razões que a razão não desconhece…
É que, ser o Sancho “ Pança” nesta vida,
É estar à espera dos sapatos de quem falece…
E quem age;
Assim, com antecipação e egoísmo,
Fruto duma cobiça vil e desmesurada.
Assenta num ridículo materialismo,
Que um dia, prá cova, é mesmo o nada.
Por isso;
Ai de quem, nesta vida, procede assim,
No despropósito do que é, banal razão…
Jamais, pode ser feliz até ao seu fim!
Já que é fria a vingança e sem Perdão.
Daí;
Retomo a sério no que “ad inicio”…
Quando nos chega por fim a Paz!
É tarde, no mais elementar principio,
Do que deve ser, um Ser Humano capaz!

Raiz do Monte
22, Junho,2017


Nota de autor- Qualquer relação com a realidade é mera ficção!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

TIC, TAC

TIC, TAC


O nosso relógio vai andando
Indiferente ao que nos rodeia
Ao estar, viver, ser e sentir…
Estranha roda em sucessão…
O Tic, Tac da vida girando
Sem se saber ou ter ideia
De que o tempo anda a fugir.
Tic, Tac é o que diz o mostrador,
Vem a noite, parte o dia,
Um e outro, sempre a seguir
Sonha o Homem, por amor
Na miragem da utopia,
Até à hora e o tal momento
Em que, o estro vai partir…
O Tic, Tac rodando, passando
Na memória do pensamento.
O Futuro presente vem a seguir,
E só o poderemos assistir…
Sabe-o Deus… Até quando?

Raiz do Monte

 21, Junho,2017

terça-feira, 20 de junho de 2017

POÉTICA E VIDA

POÉTICA E VIDA



Não sei fazer poemas ao absurdo,
Rimar ou não rimar como convém,
Ter estilo e fenómenos em cada verso.
Não, e recuso ser mudo e quiçá surdo,
Porque se há coisa que o poema não tem
É falta de ritmo e de toda a vasta Harmonia
Que o Poeta por tão sensível vê e detém.
As palavras umas nas outras vão engrenar,
No sublime encanto do saber e descrever,
Depois, um sorriso só e sempre de alegria,
E no doce prazer que de um sonho vem,
A possibilidade do algo muito belo levar
Aquém, por paixão e prazer, nos vai ler
E diz que a vida, é mesmo feita de Poesia!

Raiz do Monte

20, Junho, 2017

segunda-feira, 19 de junho de 2017

TRAGÉDIA

TRAGÉDIA



Marca o correr do dia,
Em profunda ansiedade…
A distância que varia,
Da vida à eterna saudade…
Surdas à desolação,
Lavram as chamas,
Indiferentes à dor,
Ao caos e destruição!
Arde o mato e as ramas,                                                                            
Em archotes de calor,
É a floresta em ignição.
Com força e sem razão…
O Ser Humano assiste!
Impotente, com horror,
Ao estertor à sua beira,
Até que, “Deus” queira…
Lutando até à exaustão
Contra o fogo que resiste…
No “capricho” de fogueira!
Desapareceu na paisagem,
O que se julgava eterno
Na harmonia da serra…
Vai-se a vida, vai a coragem,
Porque o autêntico “Inferno”,
É de todo, aqui na Terra!

Raiz do Monte

19, Junho, 2017

domingo, 18 de junho de 2017

ETERNOS NAMORADOS

ETERNOS NAMORADOS




Vivo em ti a todo o momento!
O conforto no sofrimento,
E a paz que cada dia respiro
Na liberdade do pensamento!
Sabes, muitas vezes, o teu olhar,
Segue-me a cada instante,
Sempre presente mesmo distante.
A espaços, sonho-te por desejo
Deusa e Musa de doces véus
Transparentes e molhados
Deixando a nudez para a vista.
Íntimos, os corpos abraçados,
Ligados pelo demorar desse beijo,
Lá no éter belo e vaporoso dos céus,
E fazendo de cada momento a conquista,
Que nos une como eternos namorados!

Raiz do Monte

18, Junho, 2017

sábado, 17 de junho de 2017

SENTIDO A VIVER

SENTIDO A VIVER



O Amor,
É uma onda do mar,
Desfeita em espuma,
Abraçando a areia…
É o ir e voltar
Afagando os grãos,
Que envolvem na nudez
Unindo o Corpo e a Alma.
É o abraço num beijo
A ternura dos sentidos,
Uma flor que perfuma.
É abstracção e ideia,
O íntimo e o pulsar.
A força que une as mãos
É anseio e avidez,
No frenesim da vida,
Com serenidade e calma.
O Amor,
É algo sem definição.
Que por dentro inunda
E cega a plenitude.
É um profundo desejo,
De impulsos esquecidos
No labirinto do caminho
Rumo de vida que se ruma,
É Poesia branca que rima,
Poema das sensações,
Em versos do verbo amar.
O Amor,
É a luz que incendeia,
Onda espraiando na areia
Deixando sabor e prazer…
É aquilo que nos toma e rodeia
Chama forte que ateia
E dá um sentido a viver!

Raiz do Monte

17,Junho,2017

sexta-feira, 16 de junho de 2017

JANELA DA ALMA…

JANELA DA ALMA…



Creio que, bem dentro de nós,
Há um “Álbum de recordações”…
Onde guardamos, sonhos e emoções,
Um arquivo de miragens e ilusões….
Uma janela da realidade e reflexões.
São em especial os pintores e os poetas,
Os que misturam as cores nas paletas,
Ou em silêncio e de forma discreta,
Desenham com a “pena” ou caneta…
Diz-se que é essa arte tão divina
Que só o ver mais além, ensina.
Abre-se o mundo desconhecido,
 No instante preciso apreciado e vivido
Inspiração das musas prá alma,
Ao íntimo da paz e de doce calma.
Creio que é essa a sensibilidade,
Afinada e refinada pela idade…
Relembrando as paisagens da vida!
Com as cores da eterna saudade.
No ócio e gula, antes da partida…
Sim, o olhar perdido algures no lugar.
A sensação no espaço que é o momento,
A paixão forte, feita do verbo amar…
Penetram e gravitam no pensamento,
Despertando bem em nós o sentimento,
Do instante em que tudo voa ao vento,
Deixando-nos, irremediavelmente sós!

Raiz do Monte

16,Junho,2017