quinta-feira, 31 de agosto de 2017

RENASCER

RENASCER


Sinto-me apaixonado!
E é tão bom estar assim.
No amor que nutro em mim.
Dizes: - Anda, vem viver,
E eu, pareço renascer…
No teu grande encanto.
Fico até mesmo vidrado…
E o que é tão engraçado,
É parecer uma criança…
Na fase da adolescência!
É uma mensagem etérea,
Nascer de novo a esperança
Que me enche a consciência,
Em sublime paixão séria.
Quero ficar sempre assim
Ser o príncipe encantado
E ter neste amor a beleza,
De estarmos lado a lado
Sentindo-me apaixonado
Por ti, minha Princesa!

Raiz do Monte

31, Agosto, 2017

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

SIMPLICIDADE

SIMPLICIDADE


Creio na simplicidade
Nesta complexa vida.
É um sinal de saber,
A pedagogia que falta
Para poder aprender
O que, está há frente
E fica ao lado sem ver…
É aquele, grande valor,
Chamado curiosidade,
Que só alguns possuem,
De, em curta mensagem,
Com o máximo rigor,
Fazem compreender
O difícil de entender.
O intuir da abstração,
As críticas da razão,
Talvez a frustração,
E a filosofia do viver.
É o espanto que salta
De não ter a resposta
Para a solução proposta.
A experiência da idade
O degrau vencido.
E de tudo mais, o amor
Que por se sentir,
Não podemos definir
Neste tão curto viver,
Que une o sentimento,
Quiçá sempre mais forte
E até ao dia da morte,
Dois num único ser,
Pelo carinho e prazer!

Raiz do Monte

30, Agosto, 2017

terça-feira, 29 de agosto de 2017

CONSTRUIR

CONSTRUIR


É este o meu sonho,
E aquilo que proponho
Aos que andam por aí
Sempre ao meu lado,
Mesmo há minha beira.
Vamos todos, construir!
Dar as mãos e unidos,
Dar um testemunho aqui
Vivo, da nossa presença!
Qual sorte, sina ou fado?
A Humanidade é herdeira
Do que há nossa maneira
Fizermos, certo ou errado!
Sejamos marca e qualidade,
Curiosos pelo querer saber,
Para que todos possam fruir
De dignidade no seu viver,
E ajudem a empreender,
Bem como a desenvolver,
A dinâmica de construir!

Raiz do Monte

29, Agosto, 2017

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

NÃO

NÃO


O Poema veio tarde
Não façam alarde…
Aqui digo em verso
Algo que é inverso
Ao uso da Liberdade.
De forma delicada,
Censuraram a verdade
E tive de aceitar…
Mas não… calar!
Talvez por ter nascido
Há muito tempo atrás
Aceitei em serena paz
O que julgava banido!
Simples de explicar,
Publiquei uma opinião
E vai daí, confusão…
Criticaram à vontade,
Meu silêncio foi total…
Sabia ter dito a verdade
E não deixava de o ser,
Com crítica ou sem crítica,
A opinião não é política
É a minha opinião!
“A razão mesmo vencida
Não deixa de ser razão!”
Em cordial aceitação,
Na prática, se assegura
A gasta prática da censura.
Fiquei a saber da acção
Mas que me tentem calar
Que ninguém queira tentar…
Viver em liberdade,
Tem muita responsabilidade,
E acreditem, na minha idade,
A quem tenta calar a verdade,
Só posso responder: - Não!

Raiz do Monte

28, Agosto, 2017

domingo, 27 de agosto de 2017

ORIGENS

ORIGENS


Sem dúvida ou engano,
Sei que sou transmontano,
E amo as terras de Alcobaça
Que “por mais que queira e faça”,
Nunca poderei deixar de amar!
Tal como o meu querido País,
Onde pelo sangue das veias
Sou de honra Português e feliz!
É esta a união que me abraça,
Para além Marão e Alcobaça!
Ninguém pense no desengano,
Destes genes de trasmontano,
Que defendo-o até ao tutano,
A terra agreste e gente austera
Onde a neve cai sobre a Serra
E a vida, é muito dura, severa.
Nove meses são de Inverno,
E três de escaldante inferno…
Endurecem o corpo e as defesas,
Por isso, sem quaisquer subtilezas,
Digo-vos como “Torga” afirmou:
- Nas terras “para além do Marão,
Mandam os que lá estão”!
E é por aí, o rumo em que vou.
A bem, despe-se a camisa vestida
A mal ninguém aceite a outra medida
Em causa fica honra e talvez a vida.
São as marcas de séria austeridade,
Num interior de muita humildade.
Conta um dito ao gosto popular;
«Ninguém num las faça,
Que num las num vá pagar…»
Creio bem ser aviso, sem ameaça,
Quem provoca ou manda calar
Que se cuide, teve mesmo azar…
Dos encantos da minha vida
Par a par tenho no meu coração
Alcobaça, minha “Terra de Paixão”!
E o ponto Mais alto do Marão
Onde horizontes sem vertigens
Alargam e apontam o que são,
As raízes, as minhas origens!

Raiz do Monte

27, Agosto, 2017

sábado, 26 de agosto de 2017

DECLARAÇÃO

DECLARAÇÃO


A vida por manual…
E algo de tão irreal
Que faria do idiota
O verdadeiro ideal.
Digo-vos, que mal!
Errar é humano,
E se há engano,
 Existe desengano!
Por isso reclamo.
Aceito o modelo,
Tudo e todo rococó,
Cheio de zelo…
Mete mesmo dó!
Liberdade é amar,
É são partilhar
Aceitar e respeitar.
Amar é estimar
Sem idolatrar!
E na imperfeição,
Tão humana,
A simples ilusão
É como o algodão,
Não engana”!
Viver por manual,
É refeição frugal
E ficar com fome.
Fora do habitual
Do que em cada dia
Na rotina se come.
Pois, ser tudo igual
É limitar o desigual,
Tipo a fotografia
Em cópia, há mais…
É o Poema dos Ais…
Recuso-me a dizer
Ser igual o meu viver
Pela diferença do Ser
Sabendo da sina e sorte,
Ter sido igual o nascer…
E igual e certa a morte!
Tudo o resto é caminho,
Escolhido e trilhado
Comprido ou encurtado
Com espinhos e carinho.
Meu amor és diferente…
E o que em mim, por ti
Meu coração sente,
É Amor que nunca vivi,
É sentir ao meu jeito
Essa diferente paixão
Que, me povoa a mente
E bate forte no meu peito.
Ninguém me leve a mal,
Recuso ser um Manual!
Raiz do Monte

26, Agosto, 2017

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

SIGNIFICADO DO AMOR?



SIGNIFICADO DO AMOR?



No que há de mais comezinho,
De mais ingénuo e inocente,
Existe sempre muito Amor!
Um pequeno nada, um carinho,
É o ombro, apoio que  se sente,
Sal da vida, tanto valor com valor.
Só que não há qualquer definição…
O abraço da natureza, uma flor,
As aves a chilrear, um olhar,
O sorriso puro de uma criança,
As lágrimas correndo de emoção
O Poema feito de esperança,
São a definição de muito Amor.
A explicação é tão transcendente,
Como nascer e rasgar o ventre
Da mãe que, nos dá ao Mundo!
Há algo, maior e mais profundo?
E a questão fica assim proposta
Aos cientistas de todo o saber,
Para proporem uma resposta,
Em conclusão e absoluto rigor,
O que será de verdade no viver,
O real significado do Amor!

Raiz do Monte

25, Agosto, 2017

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

FOI DE FÉRIAS


FOI DE FÉRIAS

Hoje, o Poema do dia
Para grande, arrelia,
Deu-lhe na ideia fugir.
Começou a eclipsar,
E vai daí, desapareceu.
Foi de férias, foi fruir
De ideias junto ao mar
Voltar negro como breu
Pelo Sol que lhe bateu.
Patrão fora, dia de folga…
Mas o que mais empolga,
É sentir tanto a sua falta!
O que pode ler a malta?
Eu sei… “Ler é maçada”.
Nas férias não se faz nada!...
Mesmo, sendo assim,
Disse de mim para mim,
Peço ajuda há minha mão,
Escrevo o que dita a razão
Por palavras do coração!
Deixa o poema a nadar
Qual estrela a brilhar
E aquela bola de cristal,
Que, não diz bem, nem mal!
Nascerá outro Poema…
Cujo tema, é Liberdade!
Será branco, sem esquema,
E terá sempre como tema,
Nada apaga e vence a verdade!


Raiz do Monte

24, Agosto, 2017

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

BOLA DE CRISTAL

BOLA DE CRISTAL


Fui à Feira de Velharias
Mercar uma bola de cristal
 Estado perfeito, normal
Sempre a funcionar…
Pensei, faz-me jeito…
Para a arte de adivinhar,
Sem qualquer defeito!
Li o livro de instruções,
Para evitar confusões!
Nota, muito importante!
Para além de dispensar
Aquele pano…Turbante,
Exige um bom baralho…
De cartas… bem viciadas,
Que depois de baralhadas,
Que depois de lançadas,
Não saiam as erradas…
Comprometendo o trabalho!
Mas a Bola de Cristal…
É um achado brutal,
Acende e depois apaga,
Se as pilhas tiverem carga…
E então nas previsões,
Fora os Jogos e euro milhões,
Está sempre a acertar…
Bola de Cristal danada!
Pergunta? Vais jogar?
Para quê? Não sai nada!
Mas nas outras previsões
Não erra, acerta que se farta,
Por exemplo a justiça.
Diz-me: - Tira lá uma carta…
E não é que sai a preguiça?
Bolas, bolas…que divertido,
Então se vissem na política…
Fico mesmo espantado,
Ante a atitude crítica,
O Homem, “raios te parta”
Anda lá, tira a carta…
Obediente e espantado
Tiro a carta… o enforcado.
É de tanta, tanta clareza,
Que viu estrelas a brilhar,
E deu-me logo a certeza
Que não estava a inventar…
Pois projetam bem o lugar…
Onde conseguiram erguer,
As pirâmides e fundações!
A bola sabe mesmo tudo,
Que até a mim faz confusão.
E por isso, fico tão mudo
Quando segreda das eleições,
Que eu só digo: -Não, não…
Mas é verdade! Tens razão!
Das coisas boas que, comprei,
É delas simples e tão banal.
A minha Bola de Cristal…
Tiro a “carta” e sei…acertei!

Raiz do Monte

23, Agosto, 2017

terça-feira, 22 de agosto de 2017

ECLIPSE


ECLIPSE

Houve eclipse total
Que só vi no virtual
Foi mesmo fenomenal.
Tudo ficou escurecido…
A Lua Serviu de muro,
O Astro Rei foi tapado
E tudo ficou apagado…
Até o brilho da estrela,
Ficou tanto ofuscado…
Tudo negro, assombrado
Ninguém podia vê-la…
Nesse momento exato,
Verificou-se o facto.
Com rigor a ciência,
Técnicos e conselheiros,
Contaram com paciência…
E pasme-se, foram certeiros?
A estrela tão cintilante,
Apagou-se nesse instante!
Tenho de vos ser franco,
Reivindico para todo ano,
Convencido, sem engano,
Cada dia, um eclipse total!
Já! E… muito confiante,
Perder peso, ser elegante
Igual à estrela cintilante?
E só o que daí provinha…
Oh, Oh… Tudo na linha,
Perder aquela gordura
Que apoquenta e tortura.
Uma coisa me desagrada,
É que, no nosso Portugal
O eclipse foi só parcial…
Comeu-se tão pouquinho
Que foi só um bocadinho
Que a Lua viu perder.
E o brilhar da estrela
Continua a cintilar…
Até que um total eclipse,
De vez a possa apagar,
E comece o “Apocalipse”!

Raiz do Monte
22, Agosto, 2017

Nota do Autor O recurso a rima emparelhada é sinal da conjunção dos astros e de alguma forma entusiasmar a Poesia Popular.


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ETERNA DÚVIDA

ETERNA DÚVIDA


Nasce um novo dia
Da noite de insónia.
Há tempo de dormir
No momento de partir…
Funesto pensamento
Do eterno julgamento
Que absolve e alivia.
Sopro sem parcimónia,
Conjuga o verbo ir
No tempo de futuro
Esse gigante muro….
Erguido à nossa frente;
Está mesmo tudo por fazer…
Não vale a pena correr,
Porque só vai aparecer,
O desviar da atenção
A fantasia, a ilusão…
O muro da frustração!
A engrenagem enguiça,
A falta de coragem,
E até aquela mensagem,
“Hoje é dia de Preguiça”,
Como decisão perentória.
Depois, varre-se da memória
E tudo fica para amanhã,
Adiado e esquecido.
Nasce o dia, a manhã
E sempre o mesmo afã
O frenesim do fazer,
Não há tempo a perder
A vida voa, gira, arde…
Recomeçar a viver
Não sei, se sei saber…
Já é demasiado tarde!


Raiz do Monte

21, Agosto, 2017

domingo, 20 de agosto de 2017

CINTILAR

CINTILAR


Reclamo o meu espaço
Neste grande embaraço
Denominado por vida.
É que, são sempre iguais
Os dias, tão, tão, banais…
E a única porta da saída,
Estreitando-se em funil,
Agrilhoa, tão cruel e vil
Em provação desmedida.
Cinzento é o azul do céu,
Coberto por negro véu,
Não há estrelas a brilhar!
E mesmo as decadentes
Já sem brilhos luzentes
Não existem pra enxergar!
É noite no próprio dia,
Paira a incerteza, sombria,
E a nostalgia está no ar.
O prémio da ingratidão,
É, no bom senso, desilusão.
O que está a acontecer?
Neste rumo do viver,
Que anda tudo baralhado!
É o contrário do saber…
Construir e até o fazer,
Uma casa, pelo telhado!
Triste fim neste viver,
Eivado de tanta loucura,
Saber que se vai morrer…
De tristeza e amargura.
Sem qualquer cintilar
Negra noite sem luar,
Tenebrosa e tão escura!

Raiz do Monte

20, Agosto, 2017