quinta-feira, 10 de agosto de 2017

À SORTE

À SORTE


Vento forte
Sopra na vida…
Amarga tristeza
O meu desalento…
Sementes levadas,
Além horizontes.
Voam à sorte
Sem despedida.
Certeza, incerteza
Deitadas ao vento!
Ondas cavadas
No pensamento.
Lágrimas a sorrir
Na incompreensão.
Amargo de boca
Vento forte,
Forte o vento,
Em movimentos
Tresanda traição.
Silêncio a ferir,
Ingénua razão
Vazia, e tão oca,
Ferindo de morte,
Os sentimentos
Nobres, leais.
Vento forte,
De fino corte,
Vindo do Norte
Não volta mais.
O gume afiado,
Amago trespassado
Na essência do ser
Ferida disforme,
Inocente e magoado
É possível viver,
No pouco, no nada!
E quem, fez e faz sofrer,
Deveria saber,
Que nesta curta estrada,
O “PAI DO CÉU”, não dorme!

Raiz do Monte

10, Agosto, 2017

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