terça-feira, 31 de outubro de 2017

REFLICTO


REFLICTO

Sentado nesta cadeira,
Reflito sobre o meu rumo…
Pelo tempo das emoções,
Que me vêm à memória.
É a imagem verdadeira…
Sem nevoeiro ou fumo…
De tantas, tantas provações,
Que são a minha estória.
Tão reais, sem ilusões.
Percurso de tropeções
Sobre um cenário bizarro,
Que omito pra esquecer
De uma vida a sofrer
Na bengala de um cigarro.
Agora, próximo do fim,
Que não tardará a chegar…
Só peço para mim,
Por favor deixem-me estar.
É que mesmo, um momento,
Tem pra mim, todo o valor.
Já que fixo, o pensamento,
No pouco que resta aqui,
E de encontrar, só em ti.
Ao sabor dos meus desejos,
O prazer de doces beijos
E o meu verdadeiro Amor!

Raiz do Monte
31, Outubro,2017



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

RIMAS DE OUTONO

RIMAS DE OUTONO


Deixo para a nostalgia
A ternura do Outono!
Que anuncia esse dia,
Da vinda do etéreo sono.
Mas é bela a paisagem,
Tons sublimes e naturais…
São o fim de uma viagem
Pelos anos sempre iguais.
A Terra exibe as entranhas
Todo o manto que a abriga
O povo come as castanhas.
E brinda com Jeropiga.
Aproxima-se a brancura,
E a alguns a hibernação…
Fim do ciclo que assegura
O viço para outra Estação.
Vai o tempo rodando,
Sem hesitar um segundo.
Os anos de vida passando
Até a esse sono profundo.
Deixo para a nostalgia,
A ternura do Outono!
E aceito com alegria,
O Outono no meu sono!

Raiz do Monte

30,Outubro, 2017

domingo, 29 de outubro de 2017

MUDOU A HORA

MUDOU A HORA


Mudou a hora,
O poema de Outono
O início de Inverno.
Dias mais pequenos
Luz baixa mortiça.
O ciclo da vida,
Rodada num ano!
E o que será agora?
A natureza com sono,
O cair doce e terno
E horas a menos,
Na maior preguiça…
A justa medida,
Da ilusão e engano.
Roda a terra…
No curso do ano
Ante nós, indiferentes,
Que só nas ruas,
E por muita recolhas,
Vemos plantas nuas,
E, tristes caiem as folhas,
A natureza é assim
Nasce, cresce e tem fim,
É tempo de Melancolia,
Na alegre Sinfonia
Do espaço a viver,
E na roda, da idade,
Tudo um dia vai morrer,
Vai a Hora, resta saudade!

Raiz do Monte

29, Outubro,2017

sábado, 28 de outubro de 2017

DESCANSO


DESCANSO


O fim-de-semana
Não engana,
Para uns Alegria,
Outros Monotonia,
Rotina, descanso.
Prazer no rimanço.
Curta e comprida,
Semana de dias,
Tristezas alegrias,
E menos na vida…
Sinfonia incompleta,
Fantasia de um Poeta
Que em versos de Amor,
Diz:
 - Pelo fim-de-semana…
Estou Feliz,
Obrigado Senhor!

Raiz do Monte
28, Outubro, 2017

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

POESIA SINGELA

POESIA SINGELA


Diz-se, é um instante,
O sopro da existência…
Bondosa é a Poesia,
Que, em rima elegante
Trata com excelência
Esta curta passagem
Que é uma miragem
Da tristeza e alegria.
Sou um irreverente!
Uso palavras de cor,
De tantos significados
E apesar da utopia,
Trato com mesmo rigor,
A dimensão diferente…
Explosão, mil bocados?
Os versos têm sabor!
E todos os sentidos…
São filhos da abstração
E pesados pela razão.
Voam no pensamento,
E o poema nasce
Belo, singelo, perfeito
Ao desejo do autor
Porque Ser por defeito,
Sempre rima com amor!

Raiz do Monte
27, Outubro, 2017

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

DEDICATÓRIA…

DEDICATÓRIA…


Sigo o meu caminho,
Em frente ao infinito.
Olhar negro, profundo,
Na chuva miudinha
Que me encharca a face
E molha as roupas.
Sinto que devagarinho…
A areia vida se esvai
Por entre os dedos.
Comuns receios e medos…
Do anseio do veredicto.
Que fez de mim vagabundo
Por tardar e ser nadinha.
A sina do desenlace
Em esperanças poucas,
Talvez até “loucas”.
Não, não me venham
Com a palavra justiça.
Não acredito que exista…
E ainda que a tenham,
Aplicam com preguiça…
Inocentes criminosos,
Criminosos inocentes,
Pessoas indecentes
Que falam em amizade
Mas nada têm de verdade.
Sigo o meu caminho
Errando pela Sorte…
De tudo que levaram,
Só dores e lágrimas ficaram.
Partiram, arrombaram
E sem pudor saquearam.
Aguardo sem saber
Até ao dia da morte…
É este o meu viver!

Raiz do Monte
26, Outubro,2017






quarta-feira, 25 de outubro de 2017

ECOS DE UM POVO

ECOS DE UM POVO


Sobre a História
Que encerra
O que há
De velho e novo,
Fica na memória
O Mar,
O ar,
A serra.
E o labor
De um Povo
Que por amor
Faz do sangue
E seu Suor
O Pão generoso
De cada Dia.
É este o Poema,
Sem regras
Especiais,
Mas feito
Dentro do peito
Com respeito
E Amor a mais!
Ecos de viver,
Perdidos na montanha
E em feitos de Glória.
Deixai a gesta tamanha,
Fazer de cada dia,
Para todo o sempre
O elogio desta gente
Numa página de História!

Raiz do Monte
25, Outubro, 2017


terça-feira, 24 de outubro de 2017

DÚVIDA

DÚVIDA



A vida é uma ocasião!
Um sopro leve…
E ai de quem se atreve,
Pensar de modo diferente.
Porque é mera ilusão
E ao amanhã, não serve,
A dúvida de ser existente.
Não há de facto resposta
Nem se pode adivinhar.
Tal como uma aposta,
Se pode ou não ganhar.
Exige-se ao ser o dever,
De saber ganhar e perder,
E como forma de estar,
Cair e depois levantar.
É normal em cada ser,
Seguir sempre a lutar.
Por isso sei, que ao cair,
Preciso ter força interior,
Para me erguer e sair
Do que se pode opor,
Ou dificultar o caminho.
É tão breve esta vida,
O tempo passa a correr…
Velocidade desmedida,
E o que fica por fazer
Não é conta nem medida
Do projeto a viver!

Raiz do Monte
24, Outubro, 2017







segunda-feira, 23 de outubro de 2017

OUTRAS TERRAS


OUTRAS TERRAS

Sinto a saudade…
Desse tempo
Da ingenuidade.
Das Serras,
Das Montanhas
E dos rios
Da água
Pura e Cristalina!
O destempo
Do tempo,
Voou
E nele fui e vou…
Sem parar
Outros costumes,
Outras terras,
Verdadeiras,
Sem manhas!
Assobios
 Do vento,
Assobios
Da mágoa
Ecos do interior
Da terra
Nordestina.
A quem disse adeus,
Mas a quem de verdade,
Nunca perderei o Amor!

Raiz do Monte
23, Outubro, 2017



sábado, 21 de outubro de 2017

PROCURO

PROCURO


Procuro a Liberdade…
Todos falam,
Todos dizem…
Mas onde está?
Creio que é,
Para mim
E para o Zé,
Sabor a saudade…
Que já não há!
Pelos muitos que calam,
E a evocam e falam!
Todo o passado.
Sonhei Liberdade
E a verdade,
Pra dizer….
É que com autoridade,
Mal tive tempo,
Pra meu lamento,
De a conhecer!

Raiz do Monte

21, Outubro, 2017

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

NEM PÓ

NEM PÓ


Há palavras nas bocas…
De cabeças ocas….
Maldade, vaidade
Traição, Ilusão,
Corrupção,
Comandamento,
E muitas mais…
Provavelmente
No equivalente,
Muito iguais.
Como ando atento,
Digo, bolas, é de mais!
Corrupta identidade,
Já nem o é calão,
Confesso inaptidão
Para escutar,
Para aturar,
Tanto ”jumento”,
Que me fez, de dó,
Perder a paciência
Porque, saber ou ciência
Nem Pó!

Raiz do Monte

19, Outubro, 2017

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

MEDITO

MEDITO


Olhar distante,
Posto no infinito,
Medito e reflito.
Xiça prá vida!
Que democracia?
Que Liberdade?
Tanta insanidade…
Reles, insignificante…
Quase não acredito,
No constante conflito.
Sei que, virá um dia
Da chama apagada…
E tudo o que existia,
Na querela e maldade
Perder-se-á ao vento
Nos ecos do pensamento.
Nada sobeja ou restará…
Porque, do outro lado de lá,
Existe o nada da eternidade!

Raiz do Monte

18, Outubro, 2017

terça-feira, 17 de outubro de 2017

TRAGÉDIA

TRAGÉDIA


Uma palavra solidária
O conforto do Poema
Por tão triste tema.
O meu País a arder…
As lágrimas são versos,
Momentos adversos
Silencio negro de morte.
Fumo, sirenes, gritos…
Ai Senhora dos Aflitos…
E cá dentro nasce revolta,
Andam bandidos à solta…
Mãos sujas, criminosas,
Indiferentes ao sofrimento,
Magoam, ferem, matam
Sem pejo ou ressentimento!
Assim, não há Poesia…
Há tristeza, melancolia…
E muita, muita revolta.
Andam loucos à solta!

Raiz do Monte

 17, Outubro, 2017

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

ESQUELETOS ESCUROS

ESQUELETOS ESCUROS


Esqueletos escuros,
Se elevam na terra
Despidos de folhas,
Que o fogo levou.
Vidas ceifadas,
Horas amarguradas
Momentos inseguros
De gritos e dor.
Arde tudo,
Ante a impotência
De quem luta.
A “besta” horrível,
Vil e insensível,
A mão criminosa,
Tragédia horrorosa
Trazendo agruras,
O pânico o medo,
Agindo em segredo.
Suor a arder,
Sangue e trabalho,
Mundo bandalho…
Agente do mal…
Transforma a beleza
Em assassinas chamas
Na pura natureza.
É a ação brutal,
Do irracional.
Um País a arder!
Mágoa e amargura.
Na terra, na Serra,
Na vida das gentes
Que mentes dementes
Levam a perder.
Sem palavras a dizer,
Questiono esta loucura
Se, se afirma e assegura
Um Futuro para Viver?

Raiz do Monte
16, Outubro, 2017

domingo, 15 de outubro de 2017

AUGÚRIO

AUGÚRIO


É mau augúrio
Não consigo
Entender,
Acreditar
E confiar!
Se há perjúrio,
De Amigo
Que diz ser,
Na inverdade,
Por maldade.
Desilusão
Sangue, traição,
Sonegação.
Triste cena,
Tão indigente.
Assim, se condena,
Sem razão,
Um inocente!

Raiz do Monte

15, Outubro,2017

sábado, 14 de outubro de 2017

“PALHAÇO”

 

“PALHAÇO”


Choro para dentro,
Sorrio para fora…
Cada momento
Gente a sofrer,
Crianças com fome,
Desigualdade enorme!
A verdade
Onde me revejo,
E centro!
O que é Solidariedade?
E Amizade?
Um sorriso fraterno,
Palavra doce
Neste real inferno
Um segundo que fosse
Recuso um mundo assim,
Inveja, hipocrisia,
Interesse, fobia,
Interesseiro, severo…
Não existe em mim!
E serei assim até ao fim,
O sorriso que sobre,
Todos os dias,
Para alguém,
Lado a lado
No meu abraço.
Sinto que o que faço,
É livre e sem desdém.
Choro para dentro,
Sorrio para fora,
É o meu lema.
O meu Poema
A Pantomina,
O sentido nobre,
A força que anima,
O consolo da alma
Humildade e calma,
De “ Palhaço pobre”!

Raiz do Monte
14, Outubro, 2017