domingo, 31 de dezembro de 2017

XÔ ANO VELHO


XÔ ANO VELHO


Xô Ano Velho,
De tantas trapalhadas
E muitas complicações;
Coisas mal-amanhadas
Enigmas e maldições!
Xô Ano Velho,
De boatos e traições,
Mau olhado e cobrões,
Feitiço, e cartadas,
Que fazem amarrações!
Xô Ano Velho,
De velhas alcoviteiras,
De cuscas aventureiras
Diabos, e curandeiras,
Que laceraram vidas inteiras
E fizerem feridas verdadeiras.
Em tanta, tanta gente,
Que do mal é inocente!
Xô Ano Velho,
De muitas meias verdades
E curiosas aldrabices,
E felizes intrujices!
Xô Ano Velho,
Porque nada se repete,
E fica em 2017!
Xô Ano Velho,
Ave negra agoirenta
Parte e de vez!
Para que o no novo Ano,
Possa ser talvez,
Algo diferente
E traga a toda a gente,
Paz, Amor, Alegria
E muita Prosperidade
Já que todos merecemos
Porque não temos,
Uma vida com Felicidade.

Raiz do Monte

 31, Dezembro, 2017

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

HORIZONTE

HORIZONTE


Olho o horizonte
Tal qual uma onda
A espraiar-se na infinidade!
Os astros que se escondem,
A noite que vem serena,
A reflexão sobre a vida
E duas lágrimas teimosas,
Que, furtivamente rolam
Descuidadas no rosto.
Pregueio a minha fronte,
E a ideia que me sonda,
É a imensa saudade…
Questões que não respondem
Ao porque me esqueci de mim?
Hoje, já perto do fim…
Os pensamentos assolam
E o prazer do gosto…
Só disfarçam e escondem,
O que sou… um misto de nada!

Raiz do Monte

29, Dezembro, 2017

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

QUADRA NATALÍCIA

QUADRA NATALÍCIA


Vem e vai o Natal,
Sonhos, Imaginário
O dia do calendário
De tanta fantasia
Nuns de tristeza
Noutros de alegria.
O presente, o pedido,
A criança que ri,
A criança que chora
Pois não teve agora
O sonho prometido.
Papeis rasgados,
Lixos entulhados
E tanta coisa inútil
Diria mesmo fútil!
O Natal das ceias,
Bacalhau mil maneiras,
Tradições rotineiras
Fritos, Bolo Rei
Rabanadas, nem sei
Vai e vem o Natal
Sempre tão igual…
E em bom rigor
O melhor para dar,
Por tão pouco custar,
É Paz e muito Amor!

Raiz do Monte

28, Dezembro, 201

sábado, 16 de dezembro de 2017

EDITAL

EDITAL


Talvez um dia,
Possam dizer…
Tinha razão!
Talvez um dia,
Possam dizer…
Houve injustiça.
Talvez um dia,
Possam dizer,
Grande maldade.
E, talvez um dia,
Possa responder
Sobre o aleijão
Até ao fim dos dias…
Talvez um dia,
Possa responder,
Não é cega a justiça…
Já que tudo enguiça
O segredo de “deuses”
Nesta vida de fezes.
Talvez um dia,
Na avançada idade,
Possa responder,
Que a maldade
Não tem perdão
E que por injusto
No fim da vida,
Não soube o sabor
Da palavra liberdade,
No ódio e rancor
Que se traduz apenas
Na vingança sem valor
De almas baixas e pequenas!

Raiz do Monte

16, Dezembro, 2017

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

SE EU PUDESSE

SE EU PUDESSE


Ai se eu pudesse…
Voltar à escola…
Usar um Boné…
Trazer Livros,
Na Sacola
Fazer de trapos
E farrapos
A minha Bola,
Ou jogar ao Pião
Que tinha,
Num carro de linhas
A fábrica do cordão!
Brincar ao arco
Com a gancha
Porque o pneu velho
Era rico e Chique!
Ai se eu pudesse,
Fazer no tempo,
O que não deixou fazer
E por idade não se faz…
Seria muito mais sã
Esta coisa vaga, vã
De estar e ser,
No que chamam viver!
Ai se eu pudesse,
Voltar a ser petiz…
Como seria feliz!

Raiz do Monte

15, Dezembro, 2017

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O TEU OLHAR

O TEU OLHAR


O teu olhar,
Meu Amor,
É o espelho
Dos meus olhos.
A fantasia
Dos meus Sonhos,
E o Poema Belo
Que me encanta!
É o verbo amar,
Conjugado…
Em todos os tempos,
Instantes,
Momentos.
Só ou a dois.
Penso em ti
No brilho do olhar
O Coração
Que de Paixão
Sabe sentir.
Para quê a rima,
Na brancura
De um sentimento.
E não é loucura
O que me anima.
É a Poesia sem rima,
Do olhar desejado,
Que em trémula Luz,
Me deixa tão apaixonado
Um Beijo e uma Flor
Para esse olhar
Que de tanto amar,
É em si encantado
Na pureza do Amor!

Raiz do Monte

13, Dezembro, 2017

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

MAIS E MAIS!

MAIS E MAIS!



Sei que um dia
Essa onda me levará
Para o além!
Talvez vos possa ver?
Mas sei que vou ter…
Muitas saudades!
Saudades ao sabor
Do que não fiz…
Do que não acabei…
E sobretudo de viver!
Que hei-de fazer?
Serão os focos do palco,
Os aplausos do público,
O silêncio do pano fechado,
E a apagada solidão.
Mas, pensarei em ti,
Meu Amor…
Porque tudo foi breve,
E em cada lágrima,
Já de nada serve
Tentar a obra-prima
Que nunca se escreve!
Turbilhões de palavras,
Milhões de pensamentos,
Para em instantes,
Tão só momentos,
Ficarem por aí…
Até que o tempo os leve.
Sabes amor?
O que me interessa mais,
É amar-te mais e mais!

                                                    Raiz do Monte

12, Dezembro, 2017

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

DESAGRADO

DESAGRADO


Este é o Poema do dia
Talvez surpreendente,
Pela austera nostalgia
Que cada verso da vida,
Vai dando de presente!
Desgostos, desilusões
Perjúrio nas indagações
E até, o que se lamenta
É que se torce a verdade
E de tudo se inventa!
Não sei que sociedade,
Mas por certo asseguro
Que tanta leviandade,
Não terá grande futuro…
Resta por isso dizer,
Por tantas e tais razões.
Que se tem de aprender
Na floresta das traições…
É o que há para viver!

Raiz do Monte

11, Dezembro, 2017

domingo, 10 de dezembro de 2017

DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS


Sei o que são direitos,
Sei o que são deveres!
Sei que seres imperfeitos
Misturam tais saberes!
E sei que este seu agir,
Para garantir posição,
Se tenta sempre encobrir,
Com a tortura da razão.
Por isso sem enganos
Se ponha um ponto final,
Honre os direitos Humanos
Que cada ser seja nosso igual!

Raiz do Monte

10, Dezembro, 2017

sábado, 9 de dezembro de 2017

POÉTICA DE AMOR


POÉTICA DE AMOR



A minha Poesia,
É esta!
Á minha maneira
Triste ou em festa,
Poderão dizer…
Não, não presta!
É meu dia-a-dia,
Fruto das emoções,
Da criatividade,
De magia e ilusões!
É o rumo da rotina,
Do fado, sorte ou sina!
Tem compasso,
Alguma harmonia,
Sem que seja Sinfonia!
Isso, é para Poetas,
E com humildade,
Sou apenas aprendiz.
Gosto dos versos,
Dos temas diversos,
Da brancura das rimas
Sem tentar obras primas,
Palavras soltas,
Em espuma revoltas
Na onda da inspiração
Escutando com calma,
O ímpeto da Alma
E a voz do Coração!

Raiz do Monte

09, Dezembro, 2017

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

EVOCAÇÃO

EVOCAÇÃO


Na minha infância
Hoje, era o Dia da Mãe!
Confesso, eternamente
Sempre será e irá ser!
Pelo menos para mim.
O admitir a importância,
Dessa mulher, desse alguém
Que me carregou no ventre,
E me fez com amor, Viver!
Tem tanto, tanto valor
Que em sonhos e desejos,
Te cubro a face de beijos...
Beijos para ti, Minha Mãe
Para que todos os dias,
Sejam o teu sagrado Dia
Pela Paz, pelo Amor,
Pela Felicidade e Alegria!

Raiz do Monte
08, Dezembro, 2017

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

TALVEZ A CONCLUSÃO

TALVEZ A CONCLUSÃO


Sabem
A vida dá lições
Todos os dias.
Nelas, cabem,
Ilusões, emoções
E tantas desilusões!
Um caminho
Montanhas de escolhos
E é nesse trilho,
Que sentimos carinho,
E tanto sarilho,
Para abrir os olhos.
Esta é a nossa realidade,
Continua e sem contemplação,
Ate que pare o coração.
E a alma passe à Eternidade!

Raiz do Monte

07, Dezembro, 2017

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

VAGUEIO…

VAGUEIO…


Uma vida passada,
Vagueio pela “Cidade”
A que chamam vida
Em busca do nada…
Procuro os amigos
E onde estão?
A causa perdida…
Aqueles que passaram
Que me abraçaram,
E a quem dei a mão,
A quem fui Leal!
E, onde estão?
Não sei…
Sei que, vagueio
Na solidão do fim,
Triste, mas capaz
E que para mim…
Nada quero!
Apenas a Paz
Que possa ter,
No fim de cada dia
Que resta para viver!

Raiz do Monte
06, Dezembro, 2017




domingo, 3 de dezembro de 2017

CARTA ESPECIAL


CARTA ESPECIAL

Amigo Pai Natal
Este escrito
Sem Importância,
É tal e qual,
A carta de infância,
Que em reflexão
Te escrevia
Portasse-me bem
Ou calhando não!
Só que, afinal
E desta vez,
Há outra razão…
Não são brinquedos
Mas, talvez, de mais,
 Será que cabe
 No teu saco?
Peço Paz,
Peço Saúde,
E muito Amor!
Eu sei, alguns tostões
Davam jeito,
Para quê ilusões?
Há coisas mais importantes…
Sabes, bem cá dentro do peito,
É com muita humildade,
Que te peço Pai Natal:
-Traz Pão, Paz e Amor…
A toda a Humanidade!

Raiz do Monte

03, Dezembro, 2017

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

IRONIA POÉTICA

IRONIA POÉTICA


A poética
Faz a distinção
Entre a Poesia
E rima de ocasião!
Aliás a terminar
Todos podem rimar,
Cantar, sonhar,
E até errar!
É o Popular!
Não há que enganar!
Diferente parecer,
É a rima a escrever
Porque, ter ou não ter,
E ser ou não ser,
Têm pouco merecer
E sou a sério a dizer
Que o Poema a fazer
É erro a não cometer!
Por isso a seguir,
Que rima com rir,
Sorrir e surgir.
Há que convir
Não consigo ouvir!
Peço-vos por Amor,
Com ardor, fulgor
E cor
Que, a pobre Flor
No verso tenha rigor,
Se não, que pavor!
Agora, com glamour
Que rima com Artur,
Não há que quem segure
Esta Poesia
Que por atrevimento
Tem na Ignorância
Esse doce momento
De pouca importância
Que em séria Poesia
Só se pode designar
Pelo pouco saber,
De verrinosa Ironia.

Raiz do Monte
01, Dezembro, 2017