domingo, 20 de agosto de 2017

CINTILAR

CINTILAR


Reclamo o meu espaço
Neste grande embaraço
Denominado por vida.
É que, são sempre iguais
Os dias, tão, tão, banais…
E a única porta da saída,
Estreitando-se em funil,
Agrilhoa, tão cruel e vil
Em provação desmedida.
Cinzento é o azul do céu,
Coberto por negro véu,
Não há estrelas a brilhar!
E mesmo as decadentes
Já sem brilhos luzentes
Não existem pra enxergar!
É noite no próprio dia,
Paira a incerteza, sombria,
E a nostalgia está no ar.
O prémio da ingratidão,
É, no bom senso, desilusão.
O que está a acontecer?
Neste rumo do viver,
Que anda tudo baralhado!
É o contrário do saber…
Construir e até o fazer,
Uma casa, pelo telhado!
Triste fim neste viver,
Eivado de tanta loucura,
Saber que se vai morrer…
De tristeza e amargura.
Sem qualquer cintilar
Negra noite sem luar,
Tenebrosa e tão escura!

Raiz do Monte

20, Agosto, 2017

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