quarta-feira, 5 de abril de 2017

EGO…FERIDA…

Todos os dias
A espera...
O silêncio...
A solidão...
Todos os momentos
Pensamentos...
O vazio...
A ilusão...
Ao diabo com tudo
Com o ser...
O meu ser,
Cansado de viver...
Maldita coragem
Essa imagem
Doce loucura...
Que acaba...
Fecha e muda...
Os sonhos!
Os meus sonhos
Vagos, errados
Cansados!
Não, não quero
E quero!
Contradição...
Desespero
No desprezo...
Humilhação!
Olho, perdido...
O meu passado.
Fardo duro...
Tão pesado!
Este sou eu!
Real!
Insignificante,
Ignorante,
Sem interesse...
Em pessoa...
Lágrimas nos olhos,
Fraco, velho,
Incapaz,
Impotente...
A querer ser gente.
Pobre,
Infeliz...tão infeliz!
A vida...
A minha vida,
Não vale a pena
Mesquinha,
Pequena...
Riam-se de mim...
Insultem-me
Amachuquem-me
Porque todo o meu ser,
Não serve...
Nem nunca serviu.
Serei talvez maldito.
Não sirvo para nada...
Nesta estrada errada...
Que teimo,
Por teimosia
Em inocência e pureza
Há tantos anos
De enganos,
E desenganos
Em seguir!
Sofro a sorrir...
Olho-me ao espelho
Raios te partam velho...
Raios te partam!
Não serves para nada.
Faz-se silêncio,
Quedo, mudo...
Acredito...
Inocente
Queria ser gente!
Queria ser....
Sem vaidade...
Ter personalidade
E, até essa...
Por estranho que pareça.
Me tiraram...
Estranha forma de ser!
Não, não nasci na falsidade
Tive um berço
E foi mais do que mereço.
Todo o meu ser
Marcado pela dor
Está cansado de viver
Está cansado de sofrer
Mas cheio de amor!

Raiz do Monte
(Abril 2011)

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