sexta-feira, 28 de abril de 2017

E… SE ???


Por favor!

Não se riam,

 Ao ver-me lágrimas,

Peço-vos!


Elas, já não são Poesia!

Alguns momentos me separam

De continuar, por aqui...
Este, é o "Poema"
Que fica por escrever,
Versos plenos de amargura
Onde a palavra triste
Já nem tem sentido
E significado.
Estou… conformado
Sem estar!
Até este lugar,
Mudou de côr!
A luz intensa, do Sol,
Perdeu brilho é cinzenta...
E pouco ou nada sorri.
Por isso...
Deixem-me chorar...
Chorar por todos e por ti.
Sem nada que se oponha
Sem timidez ou vergonha,
Deixem-me chorar!
Deixem-me em silêncio...
Neste canto
Onde possa soluçar...
Escutando o meu pranto.
Tento… ser forte,
Tento iludir o pensamento
Só que, a todo momento,
Me surge à frente…
O pesadelo, presente
A palavra "morte"!
E, não posso fugir...
O coração esmagado,
O frenesim da loucura,
O ser magoado…
Tão magoado…
Ânsia, desejo, ternura.
No vazio completo... Nada,
E coisa nenhuma, é vida
Irei partir, sei que parto...
Desiludido e tão cansado.
De ter conhecido tortura.
Por isso este é o meu grito.
A verdade em que acredito,
E tudo mais é poesia.
Palavras, sem sentido.
Viver…sem alegria.
Por aqui,
Mesquinho e sem valor,
Saberás que, um dia,
Te disse, e… se… é por ti…
Em mim próprio perdi,
Amor, próprio, no próprio amor!

Raiz do Monte

(Maio, 1972)

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