terça-feira, 18 de julho de 2017

AVENTURA

AVENTURA


Todos os dias,
Se morre um pouco,
Tristezas, alegrias,
Anda tudo louco!
O que é, não era,
O que foi, não vale…
Surdo, mouco.
Nada se altera
Do que está mal!
E o que de bem  resta,
É velho, já não presta.
Os Deuses estão loucos,
A incerteza dos dias,
Deixa, que muito poucos,
Sintam doces alegrias!
Mas, todos os outros,
No revés da pobreza
Vivem numa tristeza
E na certeza que assim…
A vida vai continuar!
Até que, sem esperar,
O caminho chegue ao fim!
É a dura realidade,
Sentir que se vai morrer,
Sem vontade de viver.
Não, não façam promessas,
Porque é tudo ao contrário,
É tudo, tudo às avessas
E o único comentário
É tudo ser vil, ordinário.
Na mediocridade incapaz
Desses tantos mandantes,
Muito, muito ignorantes,
Que se agarram ao poleiro
Não por amor a quem faz,
Mas por penacho e dinheiro…
De fora, olho com olhos de ver,
Numa ironia bem dura
Por tamanha ser a agrura,
De viver ser uma aventura,
Na aventura de Viver!

Raiz do Monte

18, Julho, 2017

1 comentário:

  1. as máscaras... os pedidos de socorro.. as interrogações ... a tristeza... as castrações... as prisões... enfim a vida! Uma Aventura de facto! Agravada pela pior pobreza, a de espírito...
    Tudo muito bem representado nesta composição e traduzido no seu poema.

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