NO SILÊNCIO
No
silêncio absoluto
Fico
horas a meditar
No que
se está a passar?
São
tantas as interrogações
Choques
e desilusões,
Sem
passar um minuto
Que o cérebro
possa parar.
Porquê?
Tudo se vai?
Já no
alto da montanha…
Numa
custosa subida,
Vê-se o
lado da descida,
A outra
face escondida…
E a
queda é tamanha,
Quase
marca o fim da vida.
Resta
trazer, recordações,
Rever o
que ambicionámos
E que
nunca alcançámos…
Mas, a
vida é isso mesmo,
Caminhar
nos anos a esmo,
Enquanto
a idade avança…
A luz
apaga a esperança
E a confiança
no amanhã,
Está
longe, é ténue e vã…
Este é
o curso da rotina,
Dos
segundos da verdade,
Dos
minutos de nostalgia,
Das
horas e dias iguais…
Subi
até àquela colina.
E para
trás fica saudade,
E a
amargura que sofria…
Ao
perceber tanta maldade.
Agora,
já no fim, uma flor,
Fez e
faz-me renascer,
No
sabor de tanto amor,
Que num
sonho de prazer
Dá, mais
claridade e cor,
Ao que
me resta viver!
Raiz do Monte
14, Agosto, 2017
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