BOLA DE CRISTAL
Fui à
Feira de Velharias
Mercar
uma bola de cristal
Estado perfeito, normal
Sempre
a funcionar…
Pensei,
faz-me jeito…
Para a
arte de adivinhar,
Sem
qualquer defeito!
Li o
livro de instruções,
Para
evitar confusões!
Nota,
muito importante!
Para
além de dispensar
Aquele
pano…Turbante,
Exige
um bom baralho…
De
cartas… bem viciadas,
Que depois
de baralhadas,
Que
depois de lançadas,
Não
saiam as erradas…
Comprometendo
o trabalho!
Mas a
Bola de Cristal…
É um
achado brutal,
Acende
e depois apaga,
Se as
pilhas tiverem carga…
E então
nas previsões,
Fora os
Jogos e euro milhões,
Está
sempre a acertar…
Bola de
Cristal danada!
Pergunta?
Vais jogar?
Para
quê? Não sai nada!
Mas nas
outras previsões
Não
erra, acerta que se farta,
Por
exemplo a justiça.
Diz-me:
- Tira lá uma carta…
E não é
que sai a preguiça?
Bolas,
bolas…que divertido,
Então
se vissem na política…
Fico
mesmo espantado,
Ante a
atitude crítica,
O
Homem, “raios te parta”
Anda
lá, tira a carta…
Obediente
e espantado
Tiro a
carta… o enforcado.
É de
tanta, tanta clareza,
Que viu
estrelas a brilhar,
E
deu-me logo a certeza
Que não
estava a inventar…
Pois projetam
bem o lugar…
Onde
conseguiram erguer,
As
pirâmides e fundações!
A bola sabe
mesmo tudo,
Que até
a mim faz confusão.
E por
isso, fico tão mudo
Quando
segreda das eleições,
Que eu
só digo: -Não, não…
Mas é
verdade! Tens razão!
Das
coisas boas que, comprei,
É delas
simples e tão banal.
A minha
Bola de Cristal…
Tiro a “carta”
e sei…acertei!
Raiz do Monte
23, Agosto, 2017
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