CINTILAR
Reclamo o meu espaço
Neste grande embaraço
Denominado
por vida.
É que, são sempre iguais
Os
dias, tão, tão, banais…
E a única porta da saída,
Estreitando-se
em funil,
Agrilhoa,
tão cruel e vil
Em
provação desmedida.
Cinzento
é o azul do céu,
Coberto
por negro véu,
Não há estrelas
a brilhar!
E mesmo
as decadentes
Já sem
brilhos luzentes
Não
existem pra enxergar!
É noite
no próprio dia,
Paira a
incerteza, sombria,
E a nostalgia
está no ar.
O
prémio da ingratidão,
É, no
bom senso, desilusão.
O que
está a acontecer?
Neste
rumo do viver,
Que anda
tudo baralhado!
É o
contrário do saber…
Construir
e até o fazer,
Uma
casa, pelo telhado!
Triste
fim neste viver,
Eivado
de tanta loucura,
Saber
que se vai morrer…
De
tristeza e amargura.
Sem
qualquer cintilar
Negra
noite sem luar,
Tenebrosa
e tão escura!
Raiz do Monte
20, Agosto, 2017
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