PAISAGEM DA HUMANIDADE
Abre-se
no complexo horizonte,
Uma
imensa e larga paisagem,
Aqui,
da “Orada do Ferrão”!
No
meio austero dos penedos,
Rodeados
de urze, tojos e giestas,
Paira
o silêncio e a calma
No
deslumbre concreto da vista!
Respira-se
profundamente a Paz.
Sempre
o dote e dom da Natureza…
Genuína
artista de tamanha Beleza…
Musa
inspiradora, nascente e fonte.
Do
sonho concreto de uma viagem.
Começa-se
por olhar a imponência,
Depois
ver todo o quadro acabado,
E
por fim observar à lupa o pormenor.
Lá
em baixo corre indiferente o Douro
O
leito, ora sufocado, ora livre, no vale
Á
frente em baixo a linha férrea
E
o encanto bucólico da estação.
Diria
que deste lado belo e agreste
Era
o “impressionismo” silvestre,
Consumado
nas fragas de granito.
Agressivo
aos olhos, ao coração!
Habitado
por segredos e memórias
Que,
podem voar ao vento, lestas
Até
a alcançar na outra margem
Os
socalcos de xisto, e os vinhedos
Vindos
do suor, labor do trabalho,
Duro
e penoso de mãos calejadas.
Toda
a Harmonia num contraste,
A
serra, a vinha, e majestade do rio.
Num
cálice de rico vinho “fino”,
Como
diz o uso e o preceito,
Fica
o retrato para a eternidade…
Tirado
e inspirado ao nosso jeito
Da
Paisagem da Humanidade!
Raiz do Monte
2017
Recordações de Infância
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