Não quero flores nem
ninguém
Quando eu partir!
E sentir o sabor da
saudade!
Da minha saudade...
Das lágrimas salgadas
que me doíam...
E só eu sei esse gosto a
que sabiam!
Quero partir como um
pequeno cachorro
A quem fizeram uma festa
pra não latir...
A quem viram
indiferentes, água nos olhos
E que, pensava em vós
olhando o horizonte,
A espuma das ondas, o
mar ao entardecer
E ficava em silêncio
ansioso por vos escutar...
Mas não, não estavam,
nunca estavas...
E eu esperava e quase
enlouquecia...
Tentava escrever poemas,
palavras...
Que não lias, nem tão
pouco escutavas!
Colocando regras sempre
mais apertadas...
Eu sei bem que estou
quase a partir...
E me censuram por
ora o escrever.
Mas se o meu amor não
tem limites,
Sei que o meu limite é
tão só viver!
Quando digo que vou por
aí….
Sei que sabem, que nunca
menti...
Mesmo quando falam da
vida
E a minha não pudesse
existir...
Tantas vezes dou comigo
a falar,
A falar só como se
estivessem aqui
Tantas vezes pareço um
louco...
E sabem… fazem-me sentir
tão pouco
Talvez uma coisa inerte,
sem vida
Um nada, obediente ao
tal ritmo…
Estou cansado, tenho de
sorrir e viver
Como se nada fosse, já
que a minha alma
Desgasta e aos poucos
vai morrendo...
Sem que ninguém o possa
perceber...
Estou carente de todos
os desejos,
Não sei o que fiz de mim
mesmo...
Nesta existência amarga,
e tão sofrida...
Quando partir, é a porta
da saída...
E penso em todos...todos
os beijos
Na dor que, me consome e
tira a vida!
Raiz do Monte
(Março 2013)
(Março 2013)
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