Que um dia, partiu à toa
Fez-se ao mar, saiu a barra,
Sulcou as ondas revoltas,
Escutando em notas soltas,
O trinar d’uma guitarra;
Que falava do desejo,
De voltar a ver Lisboa.
Adeus,
Cais da Ribeira,
Amante da vida inteira,
Minha razão de viver.
Adeus,
Velhas escadinhas,
Onde os pregões das varinas,
São o doce amanhecer.
Como ave ferida de morte,
Sentindo afundar a proa,
Entregou seu leme a Deus,
Já cansada deste “mundo”,
Tão distante, tão profundo…
Vela erguida ao vento norte,
P’ra dizer naquele “adeus”…
As saudades de Lisboa.
Raiz do Monte
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