PRECE
Correm os rios da minha terra
Ladeados por verdes prados …
No silêncio virginal da montanha,
Fragas alcantiladas da Serra
Explosão de cor de matizados…
Giestas, urze, odor que se
entranha.
Rude e agreste para o olhar,
É a imagem real da natureza
Focos de cor sempre diferente
Utopia, tela, sempre por pintar,
O encanto num banho da beleza…
Consolo da alma, ali bem
presente.
Águas de cristal a correr para o
mar
Levam saudades da minha aldeia
Eterna apaixonada em amor esperando,
Nessa saudade que teima em ficar
E prende às raízes, à nossa ideia
Do retorno às origens sem saber
quando…
São ecos de sangue dentro de nós
A dor da distância que nos faz
penar
Escutando o idoso já perto do fim
Que em sábia lição nos faz pensar
Dizendo firme sem embargo da voz
Na prece aflita que dirige aos Céus
Se “já cá encontramos isto assim”…
Então, “é assim que o vamos deixar”!
E a tudo mais, louvado seja Deus!
Raiz do Monte
25, Junho, 2017
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